quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A MoLA que rola, rolou e rolará!

Foi mais ou menos assim:
- Vamos fazer um festival de bandas novas universitárias?
Uma golada no café depois, alguém acrescentou:
- Por que não colocar teatro também?
Duas xícaras depois e o evento já contava com cineclubes, artistas plásticos, circences e por aí vai. O nome veio um mês depois. E quem batizou foi um produtor que bateu o olho e disse:
- O resumo óbvio de Mostra Livre de Artes é MoLA.
A história pode não ter sido toda exatamente assim, mas o fato é que no dia 20 de outubro de 2005, as 18:30h, um projetor começou a passar curtas produzidos pelo pessoal do Nós do Morro, e pronto. Estava aberta oficialmente a MoLA!
Bom, nem precisa dizer que de lá pra cá muita coisa mudou. Não nos arrependemos de nada do que foi feito e temos a consciência que o evento não teve só acertos. Mas os erros também foram indispensáveis para que a MoLA se revisitasse a cada ano e permanecesse aberta a mudanças e sugestões. Afinal de contas, quem não está sujeito a transformações nesta vida? A idéia de se centrar apenas nos talentos universitários, por exemplo, saiu de cena ainda no processo de construção do primeiro ano. Até porque todo mundo conhece aquele camarada que trancou a faculdade ainda no primeiro período ou nunca passou no vestibular, mas toca sua guitarra ou pinta uma tela de maneira formidável. E convenhamos que certos talentos não são especificamente um diploma que define.
E chegando neste quinto ano, olhar pra trás nos fornece uma visão muito agradável. E, obviamente, uma audição também. Foram shows interessantíssimos. Dos pífanos de Carlos Malta aos tambores da Casa de Farinha. Das batidas do B Negão à bateria do Curumin. Do vinil do Marcelinho da Lua ao ritmo envolvente do Songoro Cosongo. Da modernidade do Lucas Santtana a meticulosidade do Kassin + 2. E tantos, e tantos, e tantos, e tantos outros. Das bandas novas, muitas estão aí. Algumas muito bem. Outras deram adeus aos palcos como banda, sendo que seus músicos estão em novos projetos e acompanhando grandes artistas. E como o evento, é legal ver as tendências também se transformando. O mesmo acontece com os grupos de teatros e atores, com os artistas plásticos e os profissionais da área de cinema. Até nas internas o mesmo acontece. Tivemos membros das curadorias que foram sendo substituídos conforme a galera ia sendo impulsionada para novos projetos. Então se a MoLA fosse uma conta matemática, não tenha dúvidas de que seria a soma. Porque é a união de jovens produtores, mais artistas que querem dizer ou cantar ou pintar ou encenar ou reproduzir alguma coisa, mais um público interessado que só cresce a cada edição, que torna a MoLA um verdadeiro quintal de todas as idéias!
Neste quinto ano, teremos quatro dias seguidos de evento, de 28 a 31 de outubro, com entrada franca até determinado horário, e atrações na área da música, cinema, teatro e artes plásticas. E uma ou outra coisa que a gente ainda não sabe classificar. Como serão estas apresentações, nós vamos descobrir juntos. A única certeza que temos é que, se chegamos até aqui, não fizemos isso sozinhos!

Bem vindos à quinta edição da Mostra Livre de Artes do Circo Voador, a MoLA.


é isso
abs bjs
Lencinho

4 comentários:

  1. Muito bom! é simplesmente notalgico esse texto, quem acompanhou e participou dos Molasss sabe da importancia desse movimento! Sempre bom para encontrar pessoas, trocar ideias, compartilhar trabalhos, criar parcerias! arrumar namorado...

    Que venha o Mola deste e muitos anos.

    Abçs. Ana. 13 Numa Noite.

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  2. QUAIS FORAM OS ESCOLHIDOS NAS ARTES PLÁSTICAS?

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